[...]Estamos investigando. Há atenção e há desatenção. Na desatenção tudo é confusão. Por que quero reunir a ambas, a atenção e a desatenção? Quando existe o impulso de reuní-las, isso implica que há uma ação da vontade, a qual é preferência. Eu prefiro a atenção, não prefiro a desatenção; de modo que estou outra vez no campo da conciência. Qual é a ação em que ambas as coisas jamais se juntam?
Quando há atenção, o pensamento como memória não opera. Na atenção não há um processo de pensar. Só há atenção. Eu percebo o fato de que estava desatento unicamente quando a ação produz mal-estar, infelicidade, ou quando significa um perigo. Então digo para mim que estava desatento, e como a desatenção deixou uma impressão no cérebro, estou interessado na infelicidade que a desatenção produziu. Ao investigar essa infelicidade, então a atenção retorna sem deixar nenhuma impressão. O que é que ocorre, então? O que ocorre realmente? Cada vez que há desatenção existe uma rápida, instantânea percepção da mesma. Por tanto, a percepção não pertence à duração, ao tempo. A percepção e a atenção não deixam rastros. O que sempre tem lugar é o instantâneo da percepção.
Jiddu Krishnamurti
Pequeno trecho retirado de um texto de Krishnamurti.
ResponderExcluirMuito foda
ResponderExcluirquanto vezes me pego distraido e quando percebo nem sei onde estava.
muito bom!
ResponderExcluira atenção está sempre lá, mesmo sem estarmos atentos a ela! heheheh