segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Seletores de Freqüência


Pelo sinal, module a sua frequência, saia das dos gafanhotos e observe como você se sente novo
Seletores de frequência conectando, relatando a situação atual do velho pensamento em processo de franca decadência
Babilônia, reino das aparências
Ciclo após ciclo vamos evoluindo através da experiência
A inteligência e a dor nos ensinam um bocado
Buscar conhecimento, não ficar bitolado nos fatos
É a missão desse momento, e de sempre
O trabalho é permanente
Camadas densas de energia negativa dominam o campo magnético do globo terrestre
De leste a oeste, de norte a sul
Energias invisíveis se movimentam, mas os resultados podem ser vistos a olho nú
Cheque-mate, período de desgaste, ano após ano
A situação é grave como um sistema de som jamaicano
Eu sei, a lei é do dub e delay eu tenho sede
O microfone é o meu spray, suas sensasões são minha parede
Vai lá, onde está
Procure ali, talvez debaixo da mesa
Seus pensamentos bem guardados na gaveta
Vê lá
Essa noite, a vida continua, mas quem sabe…
Dinamizar, capacitar a liberdade ausente
E nessa noite, faça com que se expanda o novo sentimento nascente.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tao

Poema 43

O mole vence o duro.
O vácuo penetra o pleno.
Nisto se revela a poderosa atuação
Do não-agir.
Entretanto,
Poucos homens, aqui na terra, sabem
Do segredo do ensinamento sem palavras
E do poder do agir
Pelo não-agir.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Inspirado ou a falta de

Vivemos dias...
em que não temos vontade de fazer nada,
em que os nossos desejos não são mais desejosos,
em que os nossos planos de uma vida melhor parece uma utopia ilusória,
em que as nossas crenças parecem fajutas compara a realidade imediata,
em que as nossas alegria de ontem não passa de um sonho para o hoje,

-

Vazio é o que eu sinto nesses dias, como se algo ou alguém faltasse para me completar, para me da sentido nesta vida sem sentido,

-

E no final a unica inspiração que eu tenho e de falar da falta dela,

-

Transição...


domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Homem que buscava a Deus

Um dia de outono, quando o silêncio dos ruídos humanos deixava ouvir os ecos da Natureza, tive oportunidade de presenciar uma cena original, simbólica.
Sentado à beira do caminho, observava atentamente, enquanto o sol empalidecia, o aloucado rolar de folhas secas que o vento fazia desfilar ante meus olhos: pareciam diminutos gnomos dançando ao redor de um círculo traçado por um obstinado redemoinho. outra procissão de folhas presidia a marcha forçada de um peregrino que se aproximava num passo lento. Mais à frente, esperava-o uma fada que reunia em si os sublimes encantos de uma perfeita beleza.
Minha presença ali deve ter chamado muito pouco a atenção dos personagens que eu via, pois que, sem reparem em mim, como se eu fosse invisível ou algo que não existisse, iniciaram o seguinte diálogo:
FADA: - Aonde vais, bom homem?
PEREGRINO: - Ao infinito; busco Deus.
FADA: - Pobre caminhante, andaste já um longo trecho?
PEREGRINO: - Sim, muito longo; estou fatigado...
FADA: - Quem és tu?
PEREGRINO: - Saberei quando encontrar a Deus.
FADA: - Onde vives?
PEREGRINO - Não tenho abrigo; vivo ao sabor das intempéries.
FADA: - Acredita em Deus?
PEREGRINO: - Sim: uma só vez o vi em sonhos, e desde então o busco.
FADA: - Em sonhos? E acredita neles?
PEREGRINO: - Sim, acredito. Desde então sonho acordado, para poder acordar nos sonho...
FADA: - Que iluso! Por acaso as alucinações transtornaram teu cérebro?
PEREGRINO: - Como te atreves a falar-me assim?Acaso não é nos sonhos onde estamos mais perto da verdade?
FADA: - De fato; mas não te esqueças de que tão prontamente podes aproximar-te dela como afastar-te, sem que notes a mudança.
PEREGRINO: - Por isso procuro a Deus, para que me dê a compreensão dos câmbios, das distâncias e do valor real das coisas que existem.
FADA: - E onde acreditas encontrar a Deus?
PEREGRINO: - Não sei; mas sei que existe, porque, quando o chamo, treme a terra sob meus pés, e ate há vezes em que me parece ouvir sua voz.
FADA: - E que conceito tens formado sobre Deus?
PEREGRINO: - Nenhum. não há mente humana capaz de conceber a infinita expressão de sua divindade.
FADA: - Então, para que vieste a este mundo cheio de dores e misérias?
PEREGRINO: - Justamente para isso, para buscar a Deus. Já vim tantas vezes!...E quando ao regressar me perguntam se o achei, e eu lhes digo que não, novamente me obrigam a partir para a Terra em busca.
FADA: - pobre peregrino! Vejo que assoma uma lágrima em teus olhos. Porventura sabes chorar?
PEREGRINO: - E quem não aprende a chorar aqui? Acaso não é do pranto que aprendemos a viver?
FADA: - Ah, sim!; muitas vezes o pranto te recorda que tens coração e , assim, te lembras do coração de Cristo.
PEREGRINO: - Isso é verdade, e o pior é que, recordando-o esquecemos o grandioso significado de sua dor.
FADA: - Diz-me tu, que buscas a Deus: confessas ter esquecido a lição de Cristo?
PEREGRINO: - Sim; muitas vezes recordei e muitas vezes esqueci seus ensinamentos, como também muitos outros, e é por isso que peregrinamos...
FADA: - E por acaso o cansaço de tais peregrinações te surgiram a idéia de tomar esse caminho?
PEREGRINO: - Sim, mas a simples idéia de morrer como Ele me aterroriza, me causa espanto.
FADA: - Morrer? por acaso morreste alguma vez?
PEREGRINO (recordando): - Morrer, morrer alguma vez...Oh, fada misteriosa! Tuas palavras vibram em minha alma! Tu me despertaste de um sonho horrível... Eu me havia extraviado nas trevas da noite e buscava a Deus na escuridão, sem outra tocha senão a débil luz de meu entendimento. Tu me ensinaste, num só instante, o que em minha longa peregrinação não pude aprender. Fui um néscio como tantos outros que só crêem no que seus olhos vêem, e que negam o que está oculto aos olhos físicos, mas não assim aos da alma, os únicos em realidade capazes de ver. Confesso que fui um néscio e que, apesar de em tão árduas jornadas eu sempre aprender algo mais sobre aquilo que um dia me ensinaram, sempre duvidei, e foi assim que esqueci o essencial: a virtude de pensar e meditar sobre o que tinha aprendido, não podemos jamais conceber o infinito significado do expressado em tuas últimas palavras, aquelas que produziram em mim o efeito sublime da ressurreição.
FADA (afastando-se): - Ate breve, peregrino; já não tardarás a encontrar a morada d'Aquele que já não buscas, porque Ele mesmo te chama de dentro. Ate breve; finalmente aprendeste a lição.

(Intermédio Logosófico - Carlos Bernardo González Pecotche [RAUMSOL])
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