terça-feira, 25 de setembro de 2012

Tempo Presente



Arrancar todo conhecimento dentro de si e se tornar um vazio. Manter este estado para disponibilizar a própria manifestação. Sem vícios pessoais ou equivalêncas que contraímos de nossos registros anteriores. Se despir dos seus argumentos e de suas contradições para possibiltar estes acessos, que acreditamos ser restritos aos "favorecidos" ou aos "iniciados" com suas grandes e isoladas jornadas. A humanidade evolui juntamente com suas máquinas e nos torna, fisicamente capazes de manter estados que preservam a nossa singularidade. Esta percepção se traduz como uma expressão, como palavra, como pensamento, criando condições de se materializar. É o encontro de um deslocamento iluminado e a interiorização. Somos seres divinos, sem saber o que fazer, exatamente, com esta capacidade. É um desafio para que possamos permitir, através do nosso veículo físico, a manifestação divina, que sempre existiu e que sempre existirá e que percebe o "tempo presente", através e apesar de você. 
Rose Reiter

terça-feira, 11 de setembro de 2012

E se tudo virar nada e nada virar tudo?



‎"E se tudo virar nada e nada virar tudo?
E se o passado estiver presente no futuro?
E se o fim acabar logo no início?
E se o bem fizer mal ou o mal acabar fazendo bem?


Onde acaba o começo e onde começa o fim?
Como poderia existir um segundo sem que exista um primeiro?
Entre o sim e o não talvez exista o talvez
Quando a noite chega pra onde vai o dia?
Se você nem se conhece como pode conhecer outra coisa?

Como sabe o que está fora e o que está dentro de você?
O tempo ficou curto ou você mais apressado?
A vida imita a morte ou a morte imita a vida?
O homem faz a profecia ou a profecia faz o homem?

A vida as vezes parece uma conversa com uma dessas pessoas que tem tanta coisa pra falar e pouca coisa pra dizer. São tantas questões e dúvidas distraindo a nossa mente, que não percebemos que existe outra forma de viver a vida….sentindo!

Buscamos o entendimento dos mistérios da vida e se quer entendemos nossos próprios mistérios, quando mal percebemos que aquilo que está na nossa cara, bem ali diante do espelho… Uma vida mal vivida, é muito mais uma morte que uma vida e enquanto olhar pra fora for mais interessante que olhar pra dentro e se conhecer, talvez muitos morram na véspera de nascer…. De nascer pra si mesmo, não dá pra ficar vivendo como sombra uma vida toda, embora tem gente que consegue, até porque quem vive essa vida nem é a pessoa, mas sim alguns fantasmas e personagens criados pelo instinto de sobrevivência, dos quais se alimentou e alimentaram você. Enquanto você não se conhece e não assume o controle da sua vida, pode ter certeza que não é você quem está vivendo ela, mas sim estes personagens que aproveitam sua ausência para viver a vida que era pra ser vivida por você… E se na hora da morte você ver que sequer viveu sua vida e que foi apenas hospedeiro de alguns parasitas criados por você? Existem dois tipos deconhecimento, o conhecimento do mundo de fora e o universo do autoconhecimento, um precisa ser estimulado e outro bem dosado…. Um traz paz e consciência, o outro excesso de bobagens e certezas… Autoconhecimento é observação, é sentir a vida numa só respiração…conhecimento é teoria, é informação que pode dizer muita coisa ou não, pois seu universo é dual… Sentir não deixa dúvida, diferente do pensar. E enquanto você não se conhece pode ser que tudo que tudo que acredita sentir, você realmente não sinta, apenas pensa sentir….Pensa o sentimento…Sente o pensamento."

sábado, 8 de setembro de 2012

Vagabundos que acham que podem falar de espiritualidade


Por: Rudy Rafael

Quedando-se inerte à vida o vagabundo não pensa, ele acha. Caso pensasse não seria vagabundo. A primeira consideração a ser feita sobre qualquer pessoa que fala sobre espiritualidade é se esta paga as próprias contas. Todo e qualquer blablablá sobre espiritualidade ecoado por um parasita deve ser sumariamente descartado, pois este intimidade alguma tem com a espiritualidade para que dela possa querer dispor. A ignorância, a hipocrisia e a má-fé acompanham os sanguessugas que acham que podem falar sobre espiritualidade e aquele que quiser buscar efetivamente o desenvolvimento espiritual não pode perder o seu tempo com o nada, eis que dos vagabundos nada espiritualmente útil sai. Vagabundos são sempre escravos de outrem e escravos não têm como ensinar alguém a se libertar daquilo que eles mesmos são cativos.

Um dos princípios mais básicos da espiritualidade é a liberdade. Através da busca adquire-se o conhecimento que liberta da ignorância. Deus, a Luz, é o conhecimento, a liberdade. O Diabo, as Trevas, é a ignorância, a escravidão. A Terra vive em guerras em razão da escravidão. Em todo lugar um quer escravizar o outro, seja material, emocional, intelectual ou espiritualmente. A pessoa espiritualizada não escraviza, não se deixa escravizar e tampouco aceita a escravidão alheia. O vagabundo é escravo, escraviza e aceita a escravidão alheia, pois depende de alguém para sobreviver e sendo escravo deve primeiro ver-se livre para depois querer libertar os outros. Na espiritualidade, assim como na vida, uma pessoa jamais pode querer pregar aquilo que não vive. A mudança é pela vibração e é o exemplo que faz vibrar, não as palavras.

Se o cidadão que fala sobre a espiritualidade, mesmo tendo plenas condições de trabalhar e prover o próprio sustento, se entrega à vagabundagem se transformando apenas em mais um come-dorme vivendo às custas dos outros, ele de fato não sabe o que é a espiritualidade, pois vive na escravidão, é hipócrita, por não viver o que prega, e age de pura má-fé, deixando-se ser sustentado pelos outros sendo um verdadeiro encosto. Estas pessoas, que se não fosse pelos outros não teriam nem papel para limpar a bunda, dizem que os outros dormem espiritualmente, quando na verdade os outros acordam cedo para trabalhar enquanto elas ficam dormindo. Naturalmente que alguém assim não tem a mínima aptidão até mesmo para falar que reencarnação existe, pois se soubesse disto saberia que a sua vagabundagem trará os frutos resultantes da vagabundagem.

Neste mundo, neste plano onde há divisão, cada um cumpre o seu papel na Grande Obra para este mundo, para este plano, e a Obra é o trabalho. Amar a Deus é ajudá-lo cuidando da sua obra, sendo jardineiro do seu jardim, trabalhando, cuidando, fazendo e agindo. Cada pessoa nasce com um propósito, uma função, um trabalho a ser feito para a humanidade e para a evolução interna. Ninguém ajuda a humanidade e a si sendo um vagabundo come-dorme que depende dos outros para viver, ficando sem fazer nada, só dormindo, comendo e arrotando o que diz ser espiritualidade. O cachorro faz o seu trabalho de latir ao perceber um estranho se aproximando da casa e até os vermes fazem o seu de decompor os corpos dos cadáveres. Seria vergonhoso para uma pessoa comprovar que é menos útil ao mundo do que um cachorro ou um verme.

Quando se diz que o conhecimento liberta não se trata apenas de uma alegoria ou de um simbolismo, a questão é literal mesmo. A pessoa que aprende se liberta e se torna autossuficiente, não precisando mais da outra que antes fazia aquilo por ela. Quem ama luta para tornar a outra pessoa plena, independente, livre. Ninguém é feliz e realizado dependendo dos outros. Quem aceita pacificamente a situação de dependência tem um espírito atrasado por demais. Por mais que a apatia da alma convença, o espírito não foi criado para isso. O espírito anseia por expansão, não restrição. Quem nas trevas está mantém a outra refém na prisão da dependência, fazendo-a sempre dependente dela para que assim ela possa exercer a escravidão e conviver com o seu próprio medo. Tudo sempre é questão de escolha: ensinar a pessoa para que ela possa se virar sozinha ou mantê-la presa fazendo para ela.

O sentimento de prisão é inerente ao próprio estado de estar encarnado. O espírito que outrora vivia fora da matéria naturalmente se sente preso dentro do corpo físico em que está e se existem situações que não podem ser evitadas, apesar de que devem ser aceitas para que sejam transcendidas, existem vivências que podem, como a escravidão. A espiritualidade não é apenas ficar falando de mundo cor-de-rosa com pessoas de mãos-dadas cantando Imagine e falando de Amor o tempo todo uma para a outra. A espiritualidade efetiva é libertar, dar independência, fazer as pessoas sentirem-se e serem livres, fazer com que ninguém seja escravizado por qualquer tipo de dependência ou opressão, seja material, emocional, intelectual ou espiritual. Dependência é restrição, restrição é escravidão e a espiritualidade é liberdade. Falar de espiritualidade vivendo de mendicância não existe.

A espiritualidade prática é fazer com que a outra pessoa compreenda que ela deve trabalhar para ter o próprio sustento e não ter mais que ficar pedindo dinheiro para os outros, o que lhe dará honra e dignidade ao se olhar no espelho. É fazê-la entender que deve ficar com uma pessoa unicamente por Amor e que qualquer relação que tenha a mínima fumaça de opressão e escravidão deve ser evitada. É motivar as pessoas para que procurem mais aprender a fazer as coisas do que preferir que outros façam por elas. É mostrar que ninguém precisa seguir alguém ou grupo espiritual algum, mas unicamente o seu coração. Isto é liberdade, isto é espiritualidade. A pessoa que se diz voltada à espiritualidade e que ao invés de libertar os outros os mantém cativos de seus supostos conhecimentos está servindo ao outro lado, pois é lá que está. Amar é querer ver a outra pessoa plena, não restrita.

Aqueles que tendo condições de trabalhar e se sustentar e mesmo assim não o fazem estão em uma rede de escravidão. Sendo escravizados pelos seus Senhores que lhes sustentam, escravizando as pessoas que lhes sustentam (ninguém por opção sustenta vagabundo) e nada fazendo contra a escravidão, já que a vivem e à abraçam, estas pessoas não têm como falar qualquer coisa sobre espiritualidade. Por sua ignorância da própria espiritualidade, que é libertação, sua hipocrisia, por não viver aquilo que pregam, e por má-fé, sendo que vivem imotivadamente às custas dos outros, não possuem legitimidade para falar do que é do espírito. Um cego não pode guiar outro cego e antes que alguém queira acertar a vida dos outros deve acertar primeiro a própria. Se a pessoa não consegue gerir a própria vida, muito menos poderá palpitar sobre a do outro.

No mundo atual as pessoas que nada têm a dizer têm liberdade para falar o que quiserem e assim muitos falam muita coisa. Sábios e gênios sobre toda sorte de assuntos não faltam, ainda mais sobre a espiritualidade; mas a espiritualidade é mais para ser vivida do que falada. O cidadão que trabalha, contribuindo da sua forma para o coletivo, e se sustenta com seu suor vive muito mais a espiritualidade do que o vagabundo que fica só arrotando mensagens espirituais por aí, mas que é sustentado pelos outros. Viver falando de espiritualidade é fácil; é só não ter o que fazer, falar qualquer porcaria genérica de senso comum com paz & Amor e pronto. Agora acordar cedo pra trabalhar, passar horas no trânsito, suportar tudo no trabalho e chegar em casa tarde e cansado, vagabundo não quer. É fácil ficar falando de espiritualidade quando tem outra pessoa ralando para sustentar a casa.

A espiritualidade também é usada para satisfação do Ego. Há pessoas que se satisfazem pelos bens materiais que possuem, outras pela aparência física, outras pelas titulações acadêmicas e há também as que se satisfazem com a atenção que ganham ao falar sobre a espiritualidade, um terreno fértil por trabalhar com a boa vontade e a fé das pessoas. Entretanto, o buscador ao se deparar com a eloquência encarnada em alguém que fala demais sobre a espiritualidade deve primeiramente questionar como esta pessoa ganha a vida. Se ela tem condições de trabalhar e se trabalha para se sustentar ou se é apenas um come-dorme vivendo às custas dos outros e que fica arrotando sobre espiritualidade o dia todo por não ter o que fazer e por ter quem lhe sustente. Vagabundos acham que podem falar de espiritualidade, mas a espiritualidade nada tem a ver com os vagabundos.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Gangaji - A nossa historia



"Reconhecemos a localização de nossa história em nossa carne e emoções. A partir deste reconhecimento a escolha nasce. Na maioria das vezes nós temos escolhido perpetuar essa história ou se rebelar contra ela. Naturalmente ficamos excitados ao descobrir que podemos escolher viver uma história diferente, uma que nos sentimos mais alinhados. Há ainda uma outra escolha. Temos a capacidade de ter um m
omento e se livrar de todas as histórias. Podemos experimentar o que significa ser ninguém.

Debaixo de todas as histórias, podemos experimentar o núcleo profundo de nós mesmos sem história, sem gênero e sem parentes. Essa presença é livre de relacionamentos e não tem passado nem futuro. No núcleo do nosso ser somos livres de definições. Livre de nossas definições experimentamos a nós mesmos como a inteligência consciente de si mesmo como espaço aberto, sem fim. Neste instante sem ser a história, é um instante de liberdade. Pois mesmo que a nossa história esteja cheia de luz e beleza, na medida em que nos definimos através dessa história, somos menos livres.

Após este momento, as histórias nunca são as mesmas. Podem estar presentes, como provavelmente estarão, mas elas não têm mais poder inerente de nos definir.A riqueza interior que está disponível para nós não é limitada ou ampliada por determinados eventos internos ou externos. Enquanto a personalidade de cada indivíduo continua apenas como as histórias continuam, o verdadeiro "eu" está em casa."

Gangaji

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...