Certa vez um garoto com seus vinte e poucos anos, resolveu se suicidar, cansado da sua vida, sem vontade nenhuma de viver, porque quando ele olhava ao seu redor via que todos outros eram infelizes, que todos tinham que estudar, casar, trabalhar e morrer. Ele perguntava se era somente aquilo que a vida tinha a oferecer. Por qual razão ele tinha que competir com seus semelhantes, pra que ele tinha que seguir cegamente tradições criadas por pessoas que não existiam mais, por que ele tinha que trabalhar e ajudar uma sociedade doentia que só cobra e não oferece nada.
Então foi assim que ele decidiu, trancou sua super faculdade, demitiu-se da empresa multitransnacional, deixou um bilhete em casa dizendo que nunca mais ia voltar. Pegou todo o dinheiro que tinha colocou numa conta e caculou que iria durar mais ou menos um ano, então em um ano ele iria tirar a própria vida, mas antes disso ele iria viajar, comprou uma bicicleta e caiu na estrada.
Seu plano foi parar de cidade em cidade, conhecer novas culturas, tomar banho em rios e cachoeiras, conhecer o litoral e as serras, e a cada cidade que ele parava fazia amizade, por não temer o que os outros iriam pensar dele, ele era sempre sorridente e sincero e com isso ele conseguia um teto pra dormir e uma comida caseira tipica da região, quando percebia que as pessoas se acostumava com ele, com medo de se apegar e interferir no seu plano ele partia pra próxima cidade, pra próxima aventura, sempre sorrindo, sempre confiante, com nada a temer. E continuou assim por anos, e esquecendo do plano inicial. Por que agora ele vivia, e quando olhava pro seu passado era como se tivesse vendo outra vida, outro mundo, porque agora o mundo era totalmente diferente para ele, não tinha cobranças sem sentidos, não tinha a pressa de viver a vida curta. Ele não era mais uma engrenagem da maquina chamada sistema, agora ele era uma gota do oceano chamado Vida.
E foi assim que ele suicidou-se, e agora ele realmente vive.
(Matuzaleu)
[texto resumido]
Grande, Maurício! O texto ficou excelente e muito bem resumido =]
ResponderExcluirNão há segredo, a vida só perde o sentido quando você não se torna o sentido dela. E às vezes, a partir do maior desespero, do maior medo, surge a chance de vivê-la. E quando menos se espera, o que antes era medo, torna-se apenas um eco distante.
Parabéns, Maurício!
Salve Marcos!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário,
eu não sabia se o texto estava muito pesado, por que falar de suicidio gera um mal estar em muitos,
mas ta ai uma historia que já deve ter acontecido com alguém.
Se deixamos a nossa vida nos guiar acabamos sofrendo mesmo,
a partir do momento que controlamos a vida, tornamos o Herói da aventura xD
abraços fraternais
ate sempre!
Excelente texto, Maurício!
ResponderExcluiré aquela velha história: a gaiola sempre esteve e estará aberta. Descobrir isso e continuar nela é uma escolha. Mas o 'suicídio' no Sistema, ou seja, de escolher não se encaixar nas paupérrimas possibilidades que ele nos vendem, é escolher corajosamente a Vida, como muito bem vc colocou.
No entanto, nem é preciso ir muito longe como o protagonista da sua estória; podemos permanecer extamente onde estamos e irmos longe, infinitamente longe, silenciosamente longe. É como vc estar no Sistema e fazer parte dele como um observador, ou seja, para além dele.
Mas o fantástico nisso tudo é que as possibilidades são inúmeras e quando estamos conscientes, fazemos com discernimento as nossas escolhas :-))
Abração!
Linne
Valeu Linne,
ResponderExcluirqueria mostrar a visão de alguém que não se descobriu e viu esta sua unica alternativa de mudança!
não precisamos fugir da vida cotiana, basta sublima-la
Lindo texto. Mostra como podemos viver fora do sistema, contudo não é para qualquer um porque sempre há um "preço".
ResponderExcluirLembro de uma frase atribuída a Jesus: "Eu estou neste mundo, mas não sou deste mundo". Muitas vezes me sinto assim, só estou aqui (no sistema), mas não faço parte dele. Por causa disso recebo muitas críticas. Esse é o preço.
Ao postar o último texto, uma das pessoas que lembrei foi de você. Se quiser dar uma olhada, sinta-se homenageado também: http://expandiraconsciencia.blogspot.com/2011/09/nos-os-sensiveis.html
abraços
Sim Atena ,não fazer parte desse sistema é ser considerado louco, ou como diz o texto que vc citou, ser a ovelha negra da familia, já fui chamado assim, e acho que ainda sou, mas meu amor por eles não liga para oq eles pensam, poq sei que não são eles agindo.
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