sábado, 18 de junho de 2011

#MarchadaLiberdade



Manifesto da #MarchadaLiberdade

Convite à Liberdade

Prisões, tiros, bombas, estilhaços, assassinatos. Por todo o país, protestos legítimos estão sendo reprimidos com ataques violentos da força policial. Querem nos calar.

Avenida Paulista, 21 de maio de 2011: Marcha da Maconha. A história se repete. A tropa de choque, sob os olhos do governo e da mídia, avança sem piedade sobre manifestantes armados apenas com palavras e faixas. As imagens do massacre à liberdade de expressão, registradas por câmeras, corpos e corações, ecoaram na rede e nas ruas com um impacto de mil bombas de efeito moral, causando indignação e despertando as pessoas de um estado anestésico. O que governo algum poderia desejar estava acontecendo: o povo começou a se organizar. Desta vez, não baixaríamos a cabeça.

Sete dias depois, defensores das mais diversas causas, vítimas das mais diferentes injustiças, estavam de volta ao mesmo local para dar uma resposta à opressão. As ruas de São Paulo foram tomadas por 5 mil pessoas de todas as cores, crenças e bandeiras. Na Internet, uma multidão espalhava a mensagem como vírus pelas redes sociais. Naquele dia, o Brasil marchou unido por um mesmo ideal. Nascia ali a Marcha da Liberdade.

Não somos uma organização. Não somos um partido. Não somos virtuais. Somos REAIS. Uma rede feita por gente de carne e osso. Organizados de forma horizontal, autônoma, livre.

Temos poucas certezas. Muitos questionamentos. E uma crença: de que a Liberdade é uma obra em eterna construção. Acreditamos que a liberdade de expressão seja a base de todas as outras: de credo, de assembléia, de posições políticas, de orientação sexual, de ir e vir. De resistir. Nossa liberdade é contra a ordem enquanto a ordem for contra a liberdade.

Convocamos:

Todos aqueles que não se intimidam, e que insistem em não se calar diante da violência. Contamos com as pernas e braços dos que se movimentam, com as vozes dos que não consentem. Ligas, correntes, grupos de teatro, dança, coletivos, povos da floresta, grafiteiros, operários, hackers, feministas, bombeiros, maltrapilhos e afins. Associações de bairros, ONGs, partidos, anarcos, blocos, bandos e bandas. Todos os que condenam a impunidade, que não suportam a violência policial repressiva, o conservadorismo e o autoritarismo do judiciário e do Estado. Que reprime trabalhadores e intimida professores. Que definha o serviço público em benefício de interesses privados.

Ciclistas, lutem pelo fim do racismo. Negros, tragam uma bandeira de arco-íris. LGBTT, gritem pelas florestas. Ambientalistas, cantem. Artistas de rua, defendam o transporte público.Pedestres, falem em nome dos animais. Vegetarianos, façam um churrasco diferenciado!

Nossas reivindicações não têm hierarquia. Todas as pautas se completam na perspectiva da luta por uma sociedade igualitária, por uma vida digna, de amor e respeito mútuos. Somos todos pedestres, motoristas, cadeirantes, catadores, estudantes, trabalhadores. Somos todos idosos, índios, travestis. Somos todos nordestinos, bolivianos, brasileiros, vira-latas.

E somos livres.

Você tem poder! Nossa maior arma é a conscientização. Faça um vídeo, divulgue nas suas redes sociais, arme sua intervenção, converse em casa, no almoço do trabalho, no intervalo da escola. Compartilhe suas propostas nas paredes, no seu blog, no seu mural. Reúna-se localmente, convoque seus amigos, erga suas bandeiras, vá às ruas.

Estamos diante de um momento histórico global. Pela primeira vez, temos chance real de conquistar a liberdade. O mundo está despertando. Levante-se do sofá e vá à luta. Vamos juntos construir o mundo que queremos!

Espalhe a rebelião. #marchadaliberdade #worldrevolution


Princípios do movimento:

- Liberdade de organização e expressão;
- Contra a repressão e a violência policial em qualquer âmbito da sociedade;
- Contra o conservadorismo que pauta o judiciário e o Estado.


Reivindicação geral:

- Regulamentação que proíba o uso de armamentos pela polícia em manifestações sociais.


Dia 18 de junho
Concentração: 14h
Marcha: 16h

Leve sua causa, sua bandeira, suas cores. A Marcha é de todos que lutam pela liberdade!

http://www.facebook.com/marchadaliberdade
http://www.marchadaliberdade.org/
http://twitter.com/liberdade

Espalhe a causa na sua rede: http://marchadaliberdade.tumblr.com/



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Adendo


No início do ano, em Janeiro, o mundo foi surpreendido com uma revolução na Tunísia, onde a população se rebelou contra o governo totalitário de seu país. Através de uma revolta pacífica, os tunisianos conseguiram derrubar o ditador Zine el Abidine Ben Ali, que estava há 23 anos no poder. O sucesso das manifestações serviu de exemplo e inspiração para a mundo, que parece estar querendo despertar e lutar por liberdade.

Após os eventos na Tunísia, iniciou-se uma reação em cadeia. Também o povo egípcio despertou, e derrubou o ditador Mubarak. Na Líbia, o povo luta contra o regime do ditador Kadhafi.

Se no norte da África o despertar foi contra governos ditatorias, na Europa iniciam-se manifestações contra outra forma de controle individual: a ditadura econômica. Na Espanha, milhares de pessoas acampam e protestam em praça pública contra o sistema político e financeiro, que, de forma cada vez mais nítida, o povo percebe serem um só: a política deixou de ter como função atender aos interesses da população, e vem servindo a grandes corporações, banqueiros, e empresários, priorizando o lucro de terceiros, em vez do bem-estar comum.

França, Inglaterra, Itália, Grécia, as manifestações vão se espalhando pelo continente, e já se fala em uma Revolução Européia.
Sopram ares de mudança!

Também aqui no Brasil, manifestações pró-liberdade, começam a aparecer. Uma Revolução Global? Porque não?
Em 18 de Junho está marcada a Marcha Nacional pela Liberdade, e não podemos deixar passar a oportunidade de levar a bandeira do MZ!

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